O que são fitoterápicos e como eles funcionam no corpo?

Os remédios feitos a partir de plantas acompanham a humanidade há milhares de anos. Mas, hoje, falar de fitoterápicos não é falar de tratamentos caseiros: é falar de medicamentos, ciência, controle de qualidade e segurança para o paciente.

No Brasil, esse tema ganhou tanta relevância que virou política pública. A Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos integra as áreas de saúde, meio ambiente e desenvolvimento, para ampliar o acesso seguro a esses produtos e incentivar o uso sustentável da nossa biodiversidade (Ministério da Saúde, 2025).

Neste artigo, você vai entender o que é um fitoterápico, como ele funciona no corpo e qual a diferença entre fitoterapia e homeopatia.

Boa leitura!

O que são plantas medicinais e fitoterápicos?

Para começar, precisamos separar dois conceitos que costumam ser confundidos: planta medicinal e fitoterápico.

• Plantas medicinais são aquelas usadas para preparar remédios, a partir de um conhecimento popular ou tradicional. Elas podem estar na forma de folhas, raízes, cascas ou flores e carregam substâncias que têm efeito sobre o organismo. O CEPLAMT/UFMG explica que esse uso vem tanto da cultura popular (como os chás de horta) quanto de saberes ancestrais de povos originários, que identificaram espécies com propriedades terapêuticas ao longo de milhares de anos;
  
  

• Fitoterápicos, por sua vez, são medicamentos produzidos a partir dessas plantas. Eles passam por etapas de secagem, extração, padronização e controle de qualidade, para garantir dose certa, segurança microbiológica e estabilidade. Estão disponíveis em formas como cápsulas, comprimidos, xaropes, gotas, cremes e pomadas.

Ou seja: toda matéria-prima vegetal usada em fitoterápicos vem de plantas medicinais, mas nem toda planta medicinal vira um fitoterápico.

O que caracteriza um fitoterápico de verdade?

De acordo com a Cartilha de Orientações sobre o Uso de Fitoterápicos e Plantas Medicinais, da Anvisa (2022), um fitoterápico:

• É feito exclusivamente a partir de plantas medicinais (droga vegetal ou derivados como extratos e óleos);

• É apresentado em forma farmacêutica (cápsulas, comprimidos, solução oral, etc.);

• Tem indicação terapêutica clara, dose recomendada, modo de uso e cuidados;

• Passa por critérios de qualidade, segurança e eficácia antes de ser colocado no mercado;

• Precisa ser registrado ou notificado na Anvisa, quando industrializado.

Isso significa que não são considerados fitoterápicos: suplementos, cosméticos, essências aromáticas, produtos com ingredientes de origem animal, substâncias sintéticas isoladas ou chás vendidos apenas como alimento.

Quando falamos em fitoterápico, falamos em medicamento regulado, com critérios bem definidos para proteger a saúde de quem usa.

Como os fitoterápicos funcionam no organismo?

Enquanto muitos medicamentos sintéticos se baseiam em um único princípio ativo isolado, o fitoterápico age a partir de um conjunto de substâncias da planta, conhecido como fitocomplexo.

Esse fitocomplexo pode reunir:

• Flavonoides;

• Taninos;

• Saponinas;

• Alcalóides;

• Óleos essenciais e outros compostos bioativos
  
  

Essas substâncias atuam em conjunto no organismo, produzindo efeitos como:

• Estímulo da digestão;

• Aumento ou modulação do trânsito intestinal;

• Ação anti-inflamatória leve;

• Efeito antiespasmódico (redução de cólicas);

• Suporte ao sistema nervoso e equilíbrio do eixo intestino-cérebro, dependendo da planta.
  
  

A forma como a planta é cultivada, colhida, desidratada e processada influencia diretamente o resultado. 

Por isso, a cartilha da Anvisa destaca a importância de condições adequadas de cultivo, secagem e armazenamento, para evitar contaminantes como fungos, metais pesados e resíduos de agrotóxicos.

Quando todas essas etapas são respeitadas, o fitoterápico consegue entregar o que se espera dele: um efeito terapêutico consistente, com bom perfil de segurança.

Fitoterapia x homeopatia: qual a diferença?

Fitoterapia e homeopatia são práticas que, na teoria, podem parecer parecidas para quem olha de fora, mas funcionam de jeitos bem diferentes.

Fitoterapia

• Usa plantas medicinais e seus derivados em concentrações mensuráveis;

• Depende da presença real das substâncias ativas da planta;

• Atua de forma farmacológica, assim como outros medicamentos, com base em doses e efeitos conhecidos.
  
  

Homeopatia

• Utiliza substâncias de origem vegetal, mineral ou animal, mas em diluições muito altas (dinamizações);

• Segue o princípio da similitude (“semelhante cura semelhante”);

• Pode, em muitas preparações, não ter mais moléculas detectáveis da substância original.
  
  

A Anvisa classifica homeopatia como medicamento dinamizado, em categoria distinta dos fitoterápicos. Já a fitoterapia está diretamente ligada às plantas e ao seu conteúdo químico.

Resumindo: se o produto age porque tem compostos vegetais ativos em dose farmacológica, estamos falando de fitoterapia. Se trabalha com diluições e princípios homeopáticos, é outra história.

Por que a regulação é tão importante nos fitoterápicos?

Quando o assunto é medicamento, “natural” não significa “sem risco”.

A própria cartilha da Anvisa reforça que o uso inadequado de plantas medicinais e fitoterápicos pode causar:

• Alterações na pressão arterial;

• Problemas hepáticos ou renais;

• Interações com outros medicamentos;

• Toxicidade por uso prolongado ou dose exagerada.
  
  

Por isso, para um fitoterápico industrializado estar regular no Brasil, é preciso:

• Registro na Anvisa (com número iniciado em 1) ou notificação, no caso de Produto Tradicional Fitoterápico;

• Comprovação de qualidade, segurança e eficácia;

• Rotulagem clara, com nome botânico da planta, empresa responsável, forma de uso, contraindicações e advertências.
  
  

Produtos que prometem cura “milagrosa”, misturam muitas plantas sem critério, não mostram o nome botânico nem dados do fabricante, ou usam expressões como “100% seguro, sem qualquer risco” devem acender o sinal de alerta.

O que diferencia Olina de um medicamento comum?

Olina é um medicamento fitoterápico com foco em saúde digestiva. Em vez de se basear em um único princípio ativo sintético, sua fórmula combina diferentes extratos vegetais tradicionalmente usados para auxiliar a digestão e o funcionamento intestinal.

A associação de plantas como aloe ferox, genciana, ruibarbo, canela, galanga, angélica e mirra foi pensada para:

• Estimular o apetite e a produção de sucos digestivos;

• Facilitar o esvaziamento do estômago;

• Auxiliar em casos de constipação intestinal ocasional;

• Promover alívio sem sobrecarregar o organismo.
  
  

Enquanto muitos medicamentos “comuns” para desconforto digestivo podem causar sonolência, irritação gástrica ou dependência de uso frequente, Olina foi formulado para atuar de forma suave e pontual, sempre respeitando o ritmo natural do corpo.

Isso não dispensa cuidado: Olina continua sendo um medicamento e deve ser usado conforme a bula, com atenção às orientações de uso e às recomendações médicas.

Olina: tradição fitoterápica a favor da sua digestão

Há mais de um século, Olina faz parte da rotina de muitas famílias como aliado na saúde digestiva. Ao unir conhecimento tradicional sobre plantas medicinais e critérios modernos de qualidade farmacêutica, a marca entrega o que promete: alívio com leveza e confiança.

Seja em momentos de indigestão depois de exageros alimentares ou em episódios de constipação intestinal ocasional, Olina atua como um apoio fitoterápico para devolver o conforto digestivo e a disposição para o dia a dia.

Tire suas dúvidas na nossa bula digital!

Conclusão

Fitoterápicos fazem parte de uma área sólida da farmacologia, com políticas públicas, normas de segurança e critérios rigorosos de fabricação. Entender essa diferença ajuda você a escolher melhor o que coloca no seu corpo!

Quando a escolha recai sobre um medicamento fitoterápico regulado, com tradição e respaldo técnico, como Olina, você une dois mundos: o conhecimento das plantas e a segurança da ciência.

Para conhecer mais conteúdos sobre bem-estar e saúde digestiva, explore o blog da Olina e acompanhe a marca no Instagram (@olinaoficial). Aqui, tradição e leveza se encontram em cada dose de cuidado.

Fontes:

Ministério da Saúde (2025). Plantas medicinais e fitoterápicos – Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF). https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sectics/plantas-medicinais-e-fitoterapicos

CEPLAMT – Centro Especializado em Plantas Aromáticas, Medicinais e Tóxicas / UFMG. Plantas medicinais e fitoterápicos: o que são.

https://www.ufmg.br/mhnjb/ceplamt/plantas-medicinais-2/

Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa (2022). Cartilha de Orientações sobre o Uso de Fitoterápicos e Plantas Medicinais.

https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/medicamentos/publicacoes-sobre-medicamentos/orientacoes-sobre-o-uso-de-fitoterapicos-e-plantas-medicinais.pdf